HIPOTIREOIDISMO

O Hipotireoidismo é causado por uma queda na produção de hormônios, provocando fadiga, aumento de peso, intolerância ao frio, queda de cabelo, aumento das taxas de colesterol, além de infertilidade e depressão. As doenças causadas pelo mau funcionamento da tireoide são mais comuns em mulheres.

Causado por uma inflamação denominada Tireoide de Hashimoto, uma disfunção autoimune. O organismo produz anticorpos que danificam a tireoide, diminuindo sua capacidade de produção de hormônios. Já o hipertireoidismo, a glândula passa a funcionar de forma irregular produzindo mais hormônio do que o necessário. A partir de um exame de sangue é possível diagnosticar a disfunção da tireoide, sendo necessário após o resultado, o paciente seguir as prescrições de seu médico.

O tratamento é feito através de reposição hormonal,a Levotiroxina deve ser tomado em jejum antes do café da manhã para que a digestão dos alimentos não diminua a sua eficácia. A dosagem do medicamento deve ser prescrita pelo endocrinologista e pode variar ao longo do tratamento.

Além do uso de medicamento é importante que o indivíduo controle os níveis de colesterol no sangue, mantendo uma alimentação equilibrada e evitando o estresse. Os sinais de melhora surgem duas semanas após o início do tratamento, podendo ser observada diminuição do cansaço e melhora do humor.

Quando o hipotireoidismo não é tratado, o risco é o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e aumento de colesterol.

A alimentação é aliada no tratamento do hipotireoidismo, consumir frutos do mar, leites e derivados, carne bovina, cogumelos, cacau, aveia, acerola, caju, mamão, tomate, abacate, castanha do Pará, laranja e ovos são ótimas opções para incluir na dieta, pois fornecem nutrientes, fibras, antioxidantes e gorduras saudáveis. Já alimentos como brócolis, nabo e repolho devem ser consumidos com moderação.

Em contrapartida alguns alimentos devem ser evitados; alimentos ricos em açúcar, cereais refinados, alimentos industrializados etc..Manter uma dieta balanceada e praticar exercícios físicos regularmente é essencial no tratamento contra o hipotireoidismo, causando um bem estar maior durante o tratamento.

Principais sintomas do hipotireoidismo

Cansaço

O cansaço excessivo é um dos sintomas mais comuns do hipotireoidismo, e ocorre devido à lentidão do funcionamento do organismo. Ele se caracteriza por uma sensação generalizada de falta de vitalidade e fraqueza que compromete a capacidade de realizar tarefas intelectuais e físicas do cotidiano. Além disso, a sonolência é constante e isolada (sem estar associada a outros sintomas específicos).

Distúrbios no sono

Os pacientes com hipotireoidismo apresentam apneia (interrupções breves na respiração) devido ao acúmulo do ácido hialurônico nos tecidos do corpo. Essa substância se une com a água do organismo e com as proteínas depositadas, provocando uma hipertrofia (crescimento) na língua, pescoço e paredes faringo laríngeas, o que causa a obstrução das vias aéreas superiores (apneia obstrutiva do sono).

Perda de cabelo

Outro sinal característico do hipotireoidismo é a queda acentuada de cabelos (quando ultrapassa os 100 fios diários). Isso ocorre devido à má absorção dos nutrientes necessários para fios saudáveis. Quando a pessoa faz o tratamento para equilibrar a tireoide, essa queda é revertida.

Alteração no funcionamento do intestino

A relação entre o hipotireoidismo e a constipação intestinal (intestino preso) é objeto de vários estudos. Essa conexão existe porque o nervo vago, que é o mais longo do corpo humano e um dos 12 pares de nervos cranianos, origina-se na base do cérebro, alcançando o trato digestivo, e faz uma ligação com outros órgãos como o esôfago, coração e pulmões.

Quando alguém é acometido por hipotireoidismo, os alimentos são digeridos mais lentamente. Com isso, a possibilidade de constipação aumenta, já que há o acúmulo do bolo fecal dentro do intestino, o que leva a um desequilíbrio na microbiota intestinal ou até mesmo à proliferação excessiva de bactérias intestinais.

A constipação também pode ocorrer devido à redução do hormônio T3, que é necessário para a musculatura intestinal se contrair e empurrar o bolo fecal. Dessa forma, o desequilíbrio da tireóide impacta diretamente no funcionamento do intestino, órgão que sustenta cerca de 70% a 80% do sistema imunológico.

Diagnóstico do hipotireoidismo

O hipotireoidismo é diagnosticado com exame clínico, do qual faz parte a palpação do pescoço para identificar possíveis alterações na tireoide, a verificação dos batimentos cardíacos, a medida da pressão arterial, a observação das características da pele, e outros sinais. A confirmação do funcionamento lento da glândula, ou seja, nível sanguíneo de alguns hormônios, é feito por meio de um exame de sangue.

O teste mede as dosagens dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou tiroxina) que, quando estão em baixos níveis é fazem suspeitar de hipotireoidismo; o T4 na sua forma livre – T4 Livre – é a forma mais indicada para o diagnóstico e acompanhamento. No entanto, as quedas hormonais não são percebidas no início da doença, sendo, portanto, necessária a medição do TSH (hormônio tireoestimulante), produzido em outra glândula — a hipófise — cuja elevação sinaliza mau funcionamento da tireoide. Indicadores de autoimunidade relacionada à tireóide são por vezes solicitados para melhor entendimento e acompanhamento: anticorpos anti-tireoglobulina e anticorpos anti-peroxidase tireoidiana (anti-TPO), principalmente, ou mesmo outros a critério médico.

Outros exames que ajudam na investigação do hipotireoidismo são o ultrassom e a cintilografia, utilizados em situações bem definidas a critério do endocrinologista.

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